Cefaléia é uma das queixas mais freqüentes na prática médica e causa bastante comum de atendimento em unidades de emergência, implicando custos consideravelmente altos. Foram estudados retrospectivamente os casos de cefaléia atendidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto (UE) no ano de 1996. Neste ano, 1254 pacientes procuraram a UE com queixa de cefaléia aguda, sendo que 64 necessitaram de internação. O custo estimado com o atendimento, investigação e tratamento clínico das cefaléias agudas foi da ordem de R$ 138,573.31 (US$ 76,985.17). Os gastos apenas com exames laboratoriais foram R$ 23,801.54 (US$ 13,223.07). Os custos cirúrgicos foram R$ 5,817.90 (US$ 3,232.17). Os custos totais foram RS$ 144,391.21 (US$ 80,217.34), o que equivale a R$ 115,14 (US$ 63.97) por paciente. Tais cálculos estimulam discussão adicional acerca de custos e eficácia do modelo de saúde vigente, em que os recursos financeiros são precários e as necessidades da população dependente do estado são proporcionalmente maiores.
Headache is one of the most frequent complain in the medical practice and a very common cause of medical assistance searching in emergency rooms, leading to considerable high costs. The headache cases assisted during the year of 1996 of an emergency room unit (UE - USP) at Ribeirão Preto, SP, Brazil, had been retrospectively studied. During that year a number of 1254 patients searched the UE - USP with major complain of acute headache, among which 64 needed hospitalization. The estimated costs due to consultation, investigation and clinical treatment of the acute headaches was in the order of R$ 138 573.31 (US$ 76 985.17). The expenses related only to laboratorial exams were R$ 23 801.54 (US$ 13 223.07). The surgical expenses were R$ 5 817.90 (US$ 3 232.17) . The total cost was R$ 144 391.21 (US$ 80 217.34) which corresponds to R$ 115.14 (US$ 63.97) per patient. This calculus instigates an additional discussion about the costs and effectiveness of the current public health policy, where the financial resources are less abundant than the State dependant population's needs.